VOLKSWAGEN PASSAT
Um veículo que posicionou a Volkswagen no mercado automotivo mundial
Alguns veículos se sobressaem pela mecânica robusta e design caprichado, enquanto outros se destacam pelos equipamentos de série e itens opcionais para chamar a atenção dos consumidores. O Volkswagen Passat se encaixa nos dois casos.
Criado em meados dos anos de 1960 na Alemanha, o veículo foi fruto de consecutivas tentativas da Volkswagen em desenvolver um sucessor para o K70, automóvel que ficou conhecido pela presença de um motor refrigerado a água (característica até então inédita nos veículos da marca).
Mesmo com a novidade, o protótipo não foi bem recebido pelo público e a montadora alemã teve que repensar toda a sua proposta de sedã médio. Depois de muito planejamento e estudo chegou-se à primeira versão do carro Passat.
Em 1974, um ano depois do seu lançamento na Alemanha, o carro da Volkswagen estreia em solo brasileiro em três versões: básica, L (Luxo) e LS (Super Luxo). Todas vinham equipadas com três portas e motor 1.5l com 65 cv de potência.
No entanto, o que mais chamava a atenção no Passat era a presença de três características marcantes: sistema de refrigeração a água, tração dianteira e estrutura monobloco. Juntos, esses diferenciais davam destaque para o veículo, posicionando-o à frente de outros em termos de eficiência e economia.
Não demorou muito para a versão com quatro portas ser introduzida no mercado brasileiro. Mesmo diante da desaprovação do público, esse modelo do Volkswagen Passat foi bem aceito pela crítica e até ganhou destaque, conquistando o primeiro título de ?Carro do Ano?, em 1975, pela tradicional Revista Auto Esporte.
Esse foi apenas o primeiro sinal de que o carro Passat se tornaria um ícone entre os motoristas. Com o lançamento do Passat TS (Touring Sport), a montadora alemã pode colher os frutos de um veículo ainda mais potente e robusto.
Este modelo do Passat vinha equipado com motor 1.6 com carburação dupla, quatro faróis redondos e uma faixa preta que circulava toda a lateral do automóvel.
A esportividade se estendia para o lado interno, principalmente no acabamento do volante. Raios de metal, conta-giros e console de instrumentos completavam o painel de instrumentos. Imponente, o carro atingia uma velocidade de 156 km/h, se tornando um sonho de consumo.
Ao final da década de 1970, a montadora anunciava duas novas versões do Passat: LSE (Luxo Super Executivo) e Surf. Em pouco tempo, o primeiro modelo seria considerado o mais luxuoso de toda a linha Volkswagen, justamente por causa dos quatro faróis redondos, motor 1.6 e sistema de ar-condicionado incluso. Já o Surf era a mais simples, com motor 1.5.
A transição para a década de 1980 ainda trouxe novas mudanças para o Passat carro, que passou por duas atualizações.
A primeira reestilização trazia um novo Passat, com faróis retangulares, ao invés dos clássicos redondos; setas traseiras na cor âmbar, para-choques com ponteiras de plástico e estofamentos dos bancos personalizado. Já no segundo facelift, o carro vinha com quatro faróis quadrados, setas nos para-choques e novo motor 1.6 no lugar do antigo 1.5.
Ainda nos anos 1980, surgiram novas versões do Passat Volkswagen batizadas de Special, LS Village, LSE Paddock e GTS Pointer. Cada uma tinha seus próprios diferenciais, sendo que a última se sobressaia pelo desempenho do seu motor 1.8.
A terceira geração do Passat não foi comercializada no Brasil, o que acabou criando um hiato que foi quebrado apenas em 1994, quando houve uma melhora econômica no País motivada pela criação do Plano Real.
Um ano depois, a Volkswagen lançou um novo modelo do Passat que ganharia uma atualização ainda mais profunda, focando no aumento do desempenho do sedã médio.
Agora o veículo estava equipado com motor 2.0, presente nas versões GL e também no novo modelo Exclusive, que contava com seis válvulas e 174 cv. Ambas as versões saiam de fábrica com interior moderno e caprichado, contando com airbags para motorista e passageiro, além de bancos de couro e câmbio automático.
Seguindo a tendência tecnológica, a reestilização seguinte do Volkswagen Passat ficou marcada pela presença de itens que traziam mais conforto para o motorista e demais passageiros, como ar-condicionado digital, porta copos, airbags laterais e câmbio Tiptronic. A parte mecânica era composta por motores 1.8, representando um salto no desempenho do veículo.
Nos anos seguintes, surgiram novos modelos do Passat, sem deixar de lado o conforto e a potência, características marcantes do modelo da Volkswagen. A própria virada dos anos 2010 demonstrou isso. De olho nas tendências adotadas por outras montadoras, a Volkswagen decidiu adotar um novo padrão estético para o carro Passat.
Com as lanternas contornando as linhas do carro, o Passat estava completamente distante das linhas retas e angulosas que marcaram suas primeiras gerações. A nova proposta visual mostrava o quanto a montadora alemã estava disposta a mantê-lo em circulação.
Um dos maiores diferenciais estava no interior do veículo, que contava com recursos modernos e intuitivos, como central multimídia, piloto automático, assistente de estacionamento e detector de ponto cego nos retrovisores laterais. Em relação à mecânica, o motor 2.0 TSI garantia fôlego de sobra para o dia a dia na cidade.
O Passat conseguiu resistir à ação do tempo e se tornou um dos veículos mais duradouros e famosos da montadora alemã.