PEUGEOT 206
10 anos do hatch que trouxe a montadora francesa para o mercado automotivo nacional
O mercado de hatchs compactos sempre despertou a curiosidade do público brasileiro, principalmente daqueles que precisam dirigir e estacionar em espaços apertados. Diante da crescente demanda, muitas montadoras acabaram importando veículos deste segmento que reunissem características como economia e potência. Este é o caso do Peugeot 206.
Lançado na Europa na década de 1990 e em 1999 no Brasil, o veículo da montadora francesa foi uma resposta da empresa para suceder o Peugeot 205, que enfrentava dificuldades para lidar com os concorrentes Ford Fiesta e Volkswagen Polo.
A grande sacada do Peugeot 206 estava no visual, com formas bem planejadas e alinhadas ? abandonando as formas quadradas da carroceria por linhas mais suaves ?, recursos mais modernos e um interior com melhor acabamento. Ele também causou forte impacto pela ampla lista de equipamentos, com itens de conforto e segurança que não eram encontrados até aquele momento em carros da mesma categoria.
Na Europa, o modelo europeu estava disponível em diferentes motorizações, mas quando começou a ser importado para o Brasil, apenas veio o modelo 1.6. Movido à gasolina, tinha 90 cv de potência e oferecia 14 kgfm de torque, atributos que equipavam as três versões até então disponíveis: Passion, Soleil e Rallye.
Cada uma delas possui suas características próprias, com o aspecto estético se sobressaindo por causa dos para-lamas dianteiros mais largos e dos bancos semi-concha no interior dos modelos.
Nos anos 2000, o Peugeot Rallye chegou ao mercado mais potente, graças à presença do motor 1.6 de 110 cv. O veículo tinha câmbio manual e era alimentado por gasolina.
Para uso urbano, o veículo mostrava um excelente custo-benefício devido ao motor, mas pecava pelos equipamentos, itens de série básicos, sem muitos atrativos. Dentre os itens opcionais estavam airbag, alarme, ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros elétricos, entre outros acessórios.
Com a instalação da fábrica da montadora na cidade de Porto Real, no Rio de Janeiro, a Peugeot começou a fabricar o modelo 206 no País, tornando mais fácil o acesso ao veículo e, posicionando-o no concorrido segmento de populares. O design e o acabamento do hatch era os seus principais diferenciais em comparação com seus concorrentes.
A chegada do Peugeot 206 Selection trouxe uma atualização importante para o número de válvulas, não só para este modelo, mas também para os modelos anteriores.
Mais tarde surge o Peugeot Quicksilver, fruto de uma parceria entre a grife de surfwear e a montadora francesa. O modelo era apresentado com rodas exclusivas de cinco raios, logotipo em alusão a marca litorânea, além de tapetes exclusivos. A motorização variava entre 1.0 e 1.6.
Ainda mantendo a continuidade das séries especiais, não demorou para a montadora também anunciar no Brasil o Peugeot CC. O conversível de teto rígido elétrico e carroceria de duas portas era acompanhado por um motor 1.6 litro e câmbio manual. Também oferecia itens de fábrica até então inéditos: bancos em couro, airbags frontais e laterais, freios ABS, ar condicionado e som automático.
Com o mercado de sedans ganhando cada vez mais espaço, a montadora percebeu como o Peugeot poderia, logo, perder espaço e ver as vendas do hatch caírem. Diante disso, surgiu o Peugeot Feline. Fabricado entre 2004 e 2008, ele é considerado a versão mais completa já feita do 206.
Recheada de itens de série como sensor de chuva, sensor de luminosidade, computador de bordo, retrovisores elétricos e vidros elétricos nas quatro portas, rodas de liga-leve de 14 polegadas, banco do motorista com ajuste de altura, entre outros.
A partir de 2009, o Peugeot 206 deixa de ser produzido no Brasil e o modelo 207 passa a sucedê-lo. O novo modelo mantinha as mesmas características internas do 206, se diferenciando apenas na dianteira e traseira.