VOLKSWAGEN KOMBI
Um veículo que fez história no mercado automotivo
Grande, espaçosa e potente. Desde que a Kombi surgiu em meados dos anos 1950, na Alemanha, conquistou uma legião de fãs.
Quando foi criada pela Volkswagen, ganhou o nome de ?Kombinationsfahrzeug?, que significa ?veículo combinado? ou ?veículo multiuso?. E não era por menos. O automóvel surpreendia pelo espaço interno, com capacidade para até 12 ocupantes.
O responsável pela criação do furgão foi o holandês Ben Pon, que trabalhou em diversos protótipos da perua, sempre se baseando em outro veículo histórico da Volkswagen: o Fusca.
Com diferentes nomes ao redor do mundo, o carro Kombi foi apelidado de ?Eurovan?, uma alusão ao conceito europeu de perua.
O furgão foi o primeiro automóvel fabricado pela Volkswagen no Brasil. No final dos anos 1950, a Kombi Furgão já tinha 50% das peças produzidas em solo nacional, dando um importante passo para a consolidação do veículo por aqui.
O lançamento da versão com 6 portas, no início da década de 1960, também marcou profundamente a imagem do veículo, tornando-o um item de colecionador décadas mais tarde. O conjunto da transmissão, por exemplo, se destacava, justamente por todas as marchas serem sincronizadas, facilitando a movimentação do veículo.
A Kombi se tornou uma boa opção de transporte coletivo entre as décadas de 1960 e 1970.
Após a metade dos anos 1970, o furgão passou pela sua primeira reestilização, ganhando um motor mais potente, de 1600 cc, além de um design que combinava tanto a frente quanto a traseira do modelo vendido lá fora com a carroceria do automóvel fabricado no Brasil. O resultado foi um veículo exclusivo, encontrado apenas por aqui.
Entre as décadas de 1970 e 1980, a perua Kombi ganhou novas modificações, como freios a disco nas rodas dianteiras, carburação dupla, motor a diesel e refrigeração à água, além da presença do cinto de segurança e encosto de cabeça.
A entrada nos anos 1990 foi outro ponto importante na história da Volkswagen e da Kombi Furgão, que passou a ser fabricada com catalisador no sistema de exaustão e injeção eletrônica a fim de se adequar à nova legislação de controle de poluentes.
Outro modelo que ganhou holofotes foi a Kombi Carat ou ?Kombi Luxo?, que tinha um interior confortável e luxuoso, além das portas corrediças.
Do lado de dentro podia-se encontrar bancos forrados de veludo e espaço para 7 passageiros (incluindo o motorista). Essa foi uma atualização e tanto para disputar espaço com os concorrentes, como a Sprinter, da Mercedes Benz.
Com a chegada nos anos 2000, a Volkswagen optou por encerrar a produção da edição pick-up da Kombi, apostando no lançamento de duas versões especiais: a Kombi Série Prata e a Kombi 50 anos.
O primeiro modelo, que teve apenas 200 unidades produzidas, se destacava pela motorização 1.6 de 8v e 59cv movida a injeção eletrônica, além de personalizações externas (vidros na cor verde, para-brisa degradê e setas direcionais na cor branca) e internas (bancos com revestimento em vinil, cobertura na tampa traseira e janela lateral deslizante).
Já a edição comemorativa de 50 anos do veículo no Brasil contava somente com 50 unidades nas cores branca e vermelha, uma marca exclusiva do modelo. O acabamento interno era preenchido por novos revestimentos com tecido Tear LE Fendy, vidros verdes, janela lateral deslizante, para-brisa degradê e desembaçador traseiro. O motor, por sua vez, era 1.4 8v flex de 76 cv.
O ano de 2013 marcou o encerramento da produção da Kombi no País, eternizado no modelo Last Edition. Foram 120 unidades produzidas nas cores branca e azul e pneus com rodas esbranquiçadas.
Durante quase seis décadas, a Volkswagen Kombi se transformou em um dos veículos mais adorados pelos brasileiros. Hoje, ainda é lembrado com carinho e paixão, tendo um lugar especial no coração dos motoristas que tiveram o prazer de dirigi-lo.