TOYOTA COROLLA
Cinco décadas de um sedã médio bem-sucedido
Se o próprio Fusca trouxe consigo um recorde de vendas para a Volkswagen, o que dizer do Corolla, um veículo produzido no Japão que ultrapassou todas as barreiras do tempo e até os dias atuais entrega o que há de melhor em um automóvel? Em pouco mais de 50 anos, o Toyota Corolla se mantém firme como um dos melhores carros da marca Toyota e um dos veículos mais vendidos do mundo.
Tudo começou em 1966, quando o então presidente e fundador dessa fábrica de carros, Sakichi Toyoda, deu início ao seu sonho de produzir veículos eficientes, robustos e econômicos. Assim, surgia a primeira geração do Corolla - um veículo de linhas retas e motor 1.1 com 60cv. O modelo foi submetido a testes constantes antes de ser vendido oficialmente, o que demonstrou uma forte preocupação da montadora com a qualidade do seu protótipo.
No início dos anos 1970, o veículo já apresentava algumas mudanças: seu comprimento estava maior, assim como o motor, que saltou dos 1.1 para 1.4, ganhando mais potência e torque. O próprio Corolla Levin, cupê recém-lançado, chamava a atenção pelo conjunto mecânico competente, formado por motor 1.6 de 115cv e 14,5 kgfm, além de câmbio manual de cinco marchas.
A partir da segunda metade da mesma década, o Toyota Corolla já contava com um design que priorizava o tamanho e as linhas retilíneas, desejo conquistado pelo novo diretor de projeto da montadora, Shirou Sasaki. Mas foi no final dos anos 1970 que o veículo surpreendia pelo seu conforto, potência e desempenho no quesito vendas, ultrapassando o próprio Volkswagen Golf como o automóvel mais produzido do mundo.
O anúncio da quarta geração do Toyota Corolla trouxe consigo algo até então inédito para o modelo: cinco opções de carroceria (duas portas, quatro portas, hardtop, liftback e van). Todas foram desenvolvidas tendo em mente diferentes perfis de motoristas.
Entre 1980 e 1990, o Corolla sofreu novas mudanças que iriam marcar para sempre o modelo, aproximando-o do formato que conhecemos hoje. A primeira delas foi a instalação da tração traseira tanto na versão sedã quanto na perua, e a presença dos motores 1.3 e 1.5 em ambos os modelos. A segunda foi o design esportivo, que ficou refletido nas linhas mais arredondadas e suaves.
Como reflexo da modernização do mercado automotivo, o carro da Toyota surgia pela primeira vez no mercado brasileiro no início da década de 1990. O consumidor brasileiro teve o prazer de testá-lo no seu auge, quando o veículo contava com um conjunto mecânico robusto, composto por suspensão traseira dual-link e motores nas opções 1.6 e 1.8, bem mais potentes e eficientes do que os momentos anteriores.
No final da mesma década, com a produção do Corolla na fábrica de Indaiatuba (cidade localizada no interior do estado de São Paulo), aumentou significativamente a presença da montadora e sua posterior aceitação no mercado nacional. No entanto, ela ficou ainda mais forte a partir dos anos 2000, quando a nona geração do Toyota Corolla estreou com as vendas mais expressivas do que nunca.
Novas atualizações foram adicionadas ao modelo, que ganhou motores 1.8 e 2.0, câmbio automático de quatro marchas, transmissão CVT, além de controles eletrônicos de estabilidade e de tração, itens disponíveis no décimo e atual Corolla da montadora Toyota, lançado após os anos 2010.
Atualmente, a fabricante está desenvolvendo um modelo híbrido, isto é, um veículo com dois motores: um elétrico e outro movido à combustão. Espera-se que ele chegue ao mercado nacional no segundo semestre de 2019, sendo produzido no polo produtor da cidade de Indaiatuba.