FORD FOCUS
Mais de uma década de um veículos que conquistou o coração dos motoristas
Todo motorista, quando procura pelo seu primeiro carro, leva em consideração dois aspectos básicos, mas muito importantes: o design/estética e o desempenho. É claro que existem outros atributos secundários que também determinam o sucesso de um automóvel, proporcionando mais conforto e segurança ao dirigir, como os opcionais de fábrica. No caso do Ford Focus, um veículo produzido pela montadora norte-americana e importado para o Brasil, isso fica bastante evidente.
Sucessor do Escort, outro utilitário de bastante prestígio, o carro focus da ford deu as caras no Brasil no início dos anos 2000, estando disponível em duas versões: a básica, sem nome definido e outra, apelidada de Ghia. O primeiro modelo contava com motor Zetec 1.8, com 16 válvulas e funcionava a gasolina, rendendo 115 cv.
Já o Ford Ghia era equipado com o mesmo motor Zetec, se diferenciando na potência de 2.0. Ainda contava com 16 válvulas que trabalhavam em conjunto com 130 cv. Uma curiosidade era que os dois motores eram importados da Inglaterra, enquanto que o câmbio de cinco marchas presente no modelo 1.8 era nacional e argentino na versão 2.0. O destaque ficava por conta da suspensão independente do tipo multilink, que ficou responsável por dar boa estabilidade ao veículo.
Em relação ao acabamento, o Focus da Ford transmitia todas as características que a montadora queria até então: ser um veículo moderno, com design arrojado, que ficava evidente nas linhas retas e arredondadas e também nos faróis angulosos ligados ao capô.
O interior tinha uma proposta visualmente bonita e bem acabada, sem perder de vista o conforto. O quadro de instrumentos tinha cobertura em arco e se ligava com o computador de bordo, formando uma peça única. Bem posicionando, o volante contava com quatro braços que facilitam a direção, graças ao ajuste de altura do banco e também por causa da profundidade do volante.
Mesmo bem projetado, o Ford Focus começou a sentir os efeito da falta de novidades, principalmente porque, na época, veículos das montadoras concorrentes, como o Vectra (Chevrolet) e Golf (Volkswagen) já contavam com câmbio automático, por exemplo. Isso só foi corrigido em 2003, quando a Ford anunciou o seu hatch médio com teto solar e bancos em couro, um avanço que veio tarde.
Nos anos seguintes, o Focus da Ford teve algumas alterações no motor, ganhando uma opção bicombustível em 2010, quando já estava na sua segunda geração. A má notícia era que ele estava disponível somente para os veículos de motorização 1.6 Sigma e não mais Zetec.
Já na sua terceira geração, em 2013, a montadora apresentou um novo Focus com motor flexível acompanhado de injeção direta (ele rende 178 cv). Além disso, o câmbio automático foi substituído pelo automatizado de dupla embreagem. Apresentado em três versões (S, SE, SE Plus e Titanium), o Focus ganhou fôlego, tanto no seu visual, no desempenho e no conforto.
Tanto os novos modelos hatch quanto sedan deixaram para trás as linhas que consagraram as primeiras gerações para adotar mais curvas e saliências mais proeminentes. No hatch, lanternas traseiras em volta do vidro foram trocadas por modelos com design amendoado na tampa. Já os faróis dianteiros se tornaram mais espichados, recebendo luzes diurnas de LED, além de uma grade com friso atravessado e pará-choque em destaque.
No quesito tecnologia, a versão Titanium chamava a atenção, pois o motorista podia contar com alguns itens de fábrica interessantes, como sistema de estacionamento automático, sensor de estacionamento dianteiro, airbags laterais e de cortina, navegador por GPS e tela de 8 polegadas no painel central.
Com mais de uma década e meia de presença no mercado automotivo, tendo altos e baixos, o Ford Focus ainda continua conquistando a preferência dos motoristas que tiveram o prazer de conhecê-lo desde o seu surgimento e acompanhar a sua evolução ao longo desses últimos anos.