CHEVROLET CHEVETTE
Duas décadas do veículo da Chevrolet que marcou uma geração
Poucos automóveis conseguiram cair no gosto dos motoristas brasileiros a ponto de ainda hoje serem lembrados com carinho e orgulho. Seja pelo aspecto visual, seja pelo desempenho, esses veículos trouxeram consigo uma ótima relação custo-benefício, como é o caso do Chevette.
No início da década de 1970, o Brasil atravessava uma grave crise no petróleo que influenciou diretamente o mercado automotivo nacional. Esse fato fez com que a GM perdesse competitividade e, para driblar o problema, apostou no lançamento de um veículo que fosse econômico e eficiente.
O carro Chevette foi lançado em solo brasileiro em 1973, como resultado de um projeto mundial da GM chamado T-Car com versões do veículo na Austrália, Japão, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Inicialmente o carro foi apresentado no Brasil na versão sedan com duas portas.
Derivado da quarta geração do Opel Kadett comercializado na Europa, o Chevrolet Chevette rapidamente foi apelidado de ?tubarão?, graças à sua carroceria que lembrava o animal marinho.
As linhas simples, porém modernas, em conjunto com as portas sem quebra-ventos, acompanhando o estilo do modelo alemão, foram muito bem recebidos pelos motoristas brasileiros.
Os itens opcionais (bancos dianteiros reclináveis, rádio, relógio e aquecimento) ofereciam um conforto extra, mas sem influenciar diretamente na dirigibilidade. Já em relação ao desempenho, o veículo agradava ao contar com um conjunto mecânico competente: motor 1.4, 68 cv e comando de válvulas no cabeçote.
Em 1978, o carro Chevette recebeu a sua primeira reestilização com inspiração no modelo norte-americano. Os faróis mantiveram o formato arredondado, mas foram abrigados em capelas. Do lado interno, o painel de instrumentos recebeu algumas atualizações, como um novo volante de quatro raios.
Pouco tempo depois, a família começou a crescer com o lançamento dos modelos quatro portas e do hatch. No início da década de 1980, a montadora apresentou no Brasil a perua Marajó, versão station wagon do Chevette.
Em 1983 o Chevrolet Chevette ganhou uma repaginação mais profunda, tanto no design quanto nos componentes mecânicos. Além de ter a frente e traseiras redesenhadas, perdendo o visual quadrado, o veículo ganhou um motor 1.6, acompanhado por carburação simples ou dupla, dependendo da versão.
Apesar do sucesso de vendas, com 1,6 milhão de unidades vendidas, e da confiança depositada pelos consumidores nas versões hatch e sedan, o Chevrolet Chevette daria adeus ao mercado brasileiro, tendo sua produção descontinuada em 1993. Seu sucessor, o Corsa, seguiu os passos do irmão mais velho e manteve viva a sua memória com honra e mérito.